O líder supremo iraniano, Ali Khamenei e o líder do Hamas, Ismail Haniyeh se reuniram em Teerã nesta quarta-feira (22), onde o representante da organização terrorista palestina esteve para o funeral do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, que morreu no último domingo (19) em um acidente de helicóptero.
“A promessa divina de eliminar a entidade sionista será cumprida e veremos o dia em que a Palestina ascenderá do rio ao mar”, disse Khamenei a Haniyeh durante uma reunião em seu gabinete.
O chefe do politburo do Hamas respondeu: “Se Deus quiser, veremos esse dia juntos”.
No encontro, o líder iraniano também comentou sobre os protestos anti-Israel que estudantes pró-Palestina estão realizando em campi universitários nos EUA e em outros lugares.
“Quem teria acreditado que um dia slogans de apoio à Palestina seriam levantados nas universidades dos EUA e que a bandeira da Palestina seria hasteada lá? Quem teria acreditado que um dia no Japão, em manifestações de apoio à Palestina, o slogan “Morte a Israel” seria entoado em persa?”, escreveu o Tehran Times como citação de Khamenei.
Haniyeh já havia se juntado ao cortejo fúnebre de Raisi, assim como o vice-líder do grupo terrorista libanês Hezbollah, Naim Qassem.
Representantes dos rebeldes Houthi do Iêmen, que, assim como o Hamas e o Hezbollah, são apoiados pelo Irã, também estiveram presentes.
God’s promise to free #Palestine from the river to the sea will be realized pic.twitter.com/cRbUAStK0q
— Khamenei Media (@Khamenei_m) May 22, 2024
“Estou aqui em nome do povo palestino, em nome das facções de resistência de Gaza… para expressar as nossas condolências”, disse Haniyeh à multidão, que gritava “Morte a Israel”.
“Digo mais uma vez… temos a certeza de que a República Islâmica do Irã continuará a apoiar o povo palestino”, acrescentou.
Haniyeh também estava entre os representantes de grupos armados que participaram das orações lideradas por Khamenei sobre os caixões de Raisi, do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, e de outras seis pessoas que morreram no acidente de domingo.
Haniyeh relatou que, neste ano, Raisi lhe disse que o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza, foi um “terremoto no coração da entidade sionista”.
O Irã, que não reconhece Israel e cujos líderes têm apelado abertamente à sua destruição, tem sido um apoiador fervoroso das atrocidades cometidas pelo Hamas. Três dias após o ataque devastador, Khamenei afirmou que Israel “não pode se recuperar da derrota de 7 de outubro”.