Taylor Simon Maxwell é um judeu seguidor de Jesus, como ele mesmo escreve em seu perfil do X (ex-Twitter). Criado em uma família judia, ele diz que não sabia nada sobre Jesus Cristo ou a graça salvadora até ser desafiado por sua homossexualidade.

“Eu queimei de desejo gay por anos. Era meu segredo mais profundo e sombrio. Eu me odiava e estava com vergonha de mim mesmo”, diz Taylor. “E eu honestamente não tinha uma noção clara da minha própria identidade masculina”.

Ele conta que sua infância religiosa foi frequentar a sinagoga, estudar hebraico e celebrar feriados judaicos, como Hanukkah e Páscoa. “Eu até tive um bar mitzvah aos 13 anos, que supostamente pretendia me iniciar na ‘masculinidade’. Não aconteceu tal coisa”.

O mundo judaico de Taylor virou de cabeça e iria mudar, quando seus pais decidiram enviá-lo para uma escola cristã particular para atividades acadêmicas e extracurriculares, não para afiliação religiosa.

Ele conta: “Ironicamente, poucas semanas depois de começar a sétima série, depois de ouvir a explicação da realidade do Evangelho, comecei a me perguntar se Jesus Cristo era realmente o Filho do Deus Vivo”.

“Depois de lutar contra aquilo em que acreditava [o judaísmo], foi no final do ano letivo da oitava série que finalmente decidi entregar minha vida a Cristo como meu Senhor e Salvador”.

Compreendendo a sexualidade

Durante aquela fase inicial como cristão recém-convertido, Taylor guardava um segredo profundo e sombrio, e começava a enfrentar questões relacionadas à sua sexualidade, percebendo que sentia atração por homens.

“Como um novo crente, passei a entender que a homossexualidade era pecaminosa e que Deus havia projetado a intimidade sexual exclusivamente para o marido e sua esposa”, diz.

“Em algum momento, fiz uma promessa de me guardar para o casamento, pois sempre quis ser marido e pai. Essa decisão, porém, não me impediu de lutar profusamente, a portas fechadas, contra pecados sexuais secretos”, revela.

Taylor diz que se sentia envergonhado, e prometeu nunca contar a ninguém sobre meus desejos homossexuais. Mas Deu tinha outros planos para sua vida.

Autor do romance “A Árvore dos Desejos”, Taylor diz que usou a imagem de uma árvore para descrever a luta homossexual.

“Quando você olha para uma árvore, você vê as folhas, os galhos e o tronco, mas não as raízes. Sem as raízes, uma árvore não tem vida. Na minha jornada de cura, o Senhor começou a me revelar que meus desejos homossexuais estavam encontrando vida em todo um sistema radicular de feridas dentro da minha alma”, compartilha.

Feridas do passado

Taylor explica que à medida que cresceu em seu relacionamento com o Senhor, passou a compreender plenamente que Deus não o havia criado com desejos homossexuais. Aquilo, para ele, era fruto de sua natureza pecaminosa.

“Usei mal minha sexualidade como um meio de lidar com feridas não sexuais internas e havia sexualizado inadvertidamente o que nunca havia sido sexual desde o início.”

“Quando olho para trás, para minha infância, não fico nem um pouco surpreso que, durante a puberdade, acabei desenvolvendo desejos homossexuais. Foi a minha maneira de tentar lidar com o que acabei entendendo como a raiz principal da minha luta homossexual: uma crise de masculinidade”, explica.

‘Você é meu pai’

Taylor diz que Deus primeiro trouxe cura radical para sua vida, educando-o em Seu amor.

“Você é meu pai e eu sou seu filho”, conta Taylor, tornou-se uma meditação habitual quando ele estava com 20 anos.

“Ter Deus como meu pai me fez sentir que tinha confiança para fazer orações radicalmente poderosas: para me libertar da minha imoralidade sexual; para me ensinar o desígnio de Deus para o gênero, o casamento e a sexualidade humana; para renovar minha mente; para me ajudar a ter confiança como Cristo quando eu estava nadando em ódio por mim mesmo; e clamar ao Senhor quando eu estava com dor e pedir que Ele me confortasse”.

E continua: “Com a ajuda de Deus, pude começar a fazer o trabalho realmente difícil de mergulhar fundo em meu passado para poder entender melhor quais eram minhas raízes e o que estava dando vida aos meus desejos homossexuais.”

Taylor diz que a homossexualidade foi sua maneira de tentar encontrar a própria identidade masculina, de sentir um sentimento de pertencimento entre os homens, quando sempre sentiu que nunca foi masculino o suficiente para fazer parte do “mundo masculino”.

“Foi a minha maneira de lidar incorretamente com aquele desejo desesperado de me sentir importante, perseguido e desejado por outro homem”, diz.

Cura dos desejos homossexuais

“Uma das coisas mais significativas que Deus me ajudou a descobrir foi a enriquecedora comunhão masculina. Quando adolescente, eu não teria sido capaz de compreender o quão poderoso algo tão simples como a fraternidade piedosa seria para curar meus desejos gays”, compartilha.

Antes dos 22 anos, todos os melhores amigos de Taylor eram mulheres. Perto das mulheres, ele diz que se sentia seguro; perto dos homens, muitas vezes ficava intimidado e inseguro.

“Percebi que não era pecado querer encontrar minha identidade masculina e me sentir conectado ao mundo da masculinidade. O pecado foi pegar essas necessidades não atendidas e tentar satisfazê-las de forma sexual. Deus trouxe cura, não por dizimar as necessidades, mas por dar às necessidades do meu coração o que elas realmente precisavam.”

Amigos homens

Taylor começou a ter amigos homens na igreja, o que o ajudou a quebrar barreiras e desejos homossexuais.

“Fui transformado pelo meu primeiro pequeno grupo só de homens na casa de um amigo, uma caminhada na floresta com os rapazes, conversas vulneráveis ​​entre mim e outro cara, um irmão em Cristo me dizendo que me amava, um abraço que dizia ‘você importa para mim’, uma mão no meu ombro durante a oração enquanto eu chorava, um telefonema de outro cara perguntando se ele queria sair, mano sendo mano em volta de uma fogueira”.

“Ter amigos homens pela primeira vez na vida ajudou a curar minha identidade masculina subdesenvolvida, eliminou anos de insegurança e, finalmente, me deu a cura de que minhas feridas de infância precisavam.”

“Sempre pensei que no mundo dos homens, se o meu segredo fosse conhecido, eu seria rejeitado. Eu não poderia estar mais errado. Em 2016, confessei ao meu primeiro melhor amigo meu segredo há muito guardado que me assombrava desde a infância. Mesmo depois de ouvir minha confissão, ele me amou como Cristo e continuou a me abraçar como a um irmão. Naquele dia, enquanto dirigia para casa, correndo pela estrada, gritei pela janela: “Estou livre! eu estou livre! eu estou livre!”.

Transformação

“Minha cura foi uma jornada difícil, mas que valeu a pena, e ainda está em andamento. A cura não consiste apenas em me arrepender e orar para que Deus tire meus desejos homossexuais. Mas também, a cura veio do tratamento das feridas internas que, em primeiro lugar, davam vida aos desejos gays”, conta.

“Através do conselho e da orientação de Deus, examinei meu passado e usei-o para compreender minhas lutas atuais. Através do Espírito movendo-se em minha vida e em meio à nova comunhão masculina, encontrei meu coração transformado, minha mente renovada e, certamente, uma iniciação à masculinidade por ninguém menos que Cristo, meu Rei.”

“O Senhor me libertou de tudo isso. Ele transformou radicalmente minha vida, mostrando-me meu valor, curando-me da vergonha e restaurando minha masculinidade”.

“Eu sou um homem livre! Ele fez isso por mim. Ele pode fazer isso por você!”, afirma Taylor, que é aluno do Seminário Teológico de Dallas, nos EUA.