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“Deus me amou no útero”, diz ativista pró-vida que sobrevieu a aborto


Priscilla Hurley sobreviveu a uma tentativa de aborto que matou sua irmã gêmea ainda no útero. Anos depois, ela conheceu o amor de Deus e está testemunhando ao mundo o que Jesus fez em sua vida. 

Depois que seu pai morreu em 1949, a mãe de Priscilla se viu com quatro filhos pequenos e um quinto a caminho. Então, ela decidiu fazer um aborto nos Estados Unidos.

“Ela acabou ficando tão desesperada que decidiu ir ao México pedir a um médico para fazer uma DNC, que é uma dilatação e curetagem, um procedimento comum quando as mulheres sofrem um aborto espontâneo, mas neste caso eles fizeram isso para eliminar a vida dentro dela”, disse Priscilla ao God Reports.

A mãe de Priscilla retornou para casa confiante de que o procedimento tinha sido bem-sucedido. No entanto, algumas semanas depois, ela ficou surpresa com um acontecimento inesperado.

“Cerca de três semanas depois, ela foi ao médico e ele disse que ela estava grávida de quatro meses”, contou Priscilla.

No México, o procedimento realizado pelos médicos mataram a gêmea de Priscilla no útero, mas ela sobreviveu: “Foi um milagre eu estar aqui”.

Aos 19 anos, a mãe contou a verdade à Priscilla e ela se sentiu rejeitada e contribuiu para sua falta de autoestima: “Fiquei realmente chocada quando ela me disse isso. A primeira coisa que pensei foi que não era de se espantar que eu não me sentisse muito amada por ela”.

“O valor da minha vida nunca foi afirmado para mim. Então, quando me tornei uma jovem mulher, e não tinha um senso do meu próprio valor, e engravidei, não foi muito difícil dizer, bem, eles (bebês no útero) não são valorizados como seres humanos”, acrescentou.

Abortos

Nesse período, Priscilla repetiu o mesmo erro que a mãe e fez dois abortos: “Eu me arrependo dessas decisões. Fui muito influenciada por figuras de autoridade na minha vida. A primeira foi meus pais, a segunda foi o namorado. Eu me arrependo de não ter lutado pelos meus bebês, mas eu não sabia como fazer isso, porque eu não os via como seres humanos pelos quais valia a pena lutar. Eu nem era muito boa em lutar por mim mesma”.

Tempo depois, ela começou a trabalhar numa clínica do aborto e até ia em escolas para ‘educar’ os alunos sobre o tema. 

“Era mais promocional do que educacional. Também passei muito tempo na clínica nos dias em que havia abortos agendados, porque fazíamos sessões informativas em grupo com as mulheres que vinham, e então fazíamos com que uma mulher realmente passasse pelo procedimento de aborto”, relembrou ela.

E continuou: “Eu as confortava e dizia: ‘Não vai doer’. Isso foi uma mentira. Depois da Roe v. Wade, (que estabeleceu o direito ao aborto nos EUA), percebi o quão horrível é, porque ninguém, ninguém me preparou, e foi horrível”.


Priscilla ministrando. (Foto: Reprodução/YouTube/The Abortion Survivors Network)

Encontro com Deus

Os traumas que aconteceram nos primeiros 30 anos da vida de Priscilla ocorreram enquanto ela morava em uma região próxima à baía de São Francisco. 

“Acho que Deus tinha que chamar minha atenção, e Ele fez isso por meio de um acidente de carro quase fatal. Isso me fez começar a buscar a realidade e a buscar a verdade sobre minha vida, sobre o que eu estava fazendo, porque eu ainda estava trabalhando na clínica de aborto quando isso aconteceu”, relatou ela.

Embora não conhecesse a Deus, ela sentia que Ele havia livrado sua vida no acidente. Após a recuperação, Priscilla foi para o Alasca terminar uma pós-graduação. 

“Fui empurrada para este lindo ambiente rural. E Deus fala através da beleza de sua criação. E acho que meu espírito começou a se abrir. Tive amigos cristãos pela primeira vez, mas não vim a Cristo até depois da minha terceira gravidez”, contou ela.

“Ninguém ia me dizer que eu tinha que fazer outro aborto. Eu tinha meu mestrado e, caramba, se eu precisasse, eu sustentaria essa criança. Acabei me casando com o pai, mas não durou”, acrescentou.

À medida que o bebê crescia em seu ventre, ela se aproximou mais de Jesus: “Deus me encontrou quando meu filho nasceu. Ele tinha quatro meses, naquele momento de rendição, admiti que tinha feito uma bagunça na minha vida e pedi a Ele para entrar e tomar as rédeas, para assumir o controle”.

Ativista pró-vida

Após se converter em 1981, a carreira de Priscilla sofreu uma transformação significativa. Ela se tornou a Diretora do maior programa de abstinência sexual da Califórnia, onde teve a oportunidade de atender milhares de jovens e pais em diversos contextos, tanto públicos quanto privados.

Atualmente, Priscilla tem três filhos e 11 netos. Ela passou por um período de amadurecimento espiritual e crescimento em seu relacionamento com Deus. 

“Eu tive que ser curada para poder ser perdoada por aquelas atrocidades nas quais eu tive participação. É difícil para as mulheres se perdoarem por essa coisa horrível que nós tivemos participação em fazer. Algumas são cegas, como minha mãe, apenas com medo e respondendo a uma circunstância”, disse ela.

Agora, em vez de promover clínicas de aborto, Priscilla é responsável por declarar vida. Ela promove centros de ajuda para mulheres grávidas. 

“Eles estão lá para ajudar as mulheres a não ficarem tão assustadas quando são pegas em uma situação. Eles estão lá para dar apoio amoroso, ser o amor de Deus e o amor de Cristo nessas situações. Se uma mulher estiver aberta, ela será ajudada e amada”, declarou ela.

“O Deus do universo, o Deus do amor, me salvou no útero. Ele tinha sua mão sobre meu pequeno corpo no útero porque ele me amava então e Ele me amou durante todas aquelas experiências horríveis que tive. Ele me salvou de tudo isso”, concluiu.



FONTE: GUIAME


18/09/2024 – Destak Gospel

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