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Como cumprir sua missão? Descobrindo seus dons e recebendo talentos de Deus


“E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo”. (Efésios 4.11-13)

Vamos ao contexto

O texto que acabamos de ler fala dos dons e talentos que precisamos para cumprir nossa missão nesta Terra. O que Deus quer de cada um de nós? Podemos entender um pouco mais sobre isso ao ler a carta de Paulo aos Efésios.

O apóstolo apresenta sua visão ampla, do céu à terra, mostrando como Jesus une a todos nós Nele mesmo, como participantes de uma obra que é tão necessária no mundo.

Lembrando que os dons e talentos não são para enriquecer a nós mesmos, mas para enriquecer a Igreja. Estamos falando de dons espirituais específicos e das tarefas designadas a nós.

Siga a sua vocação

Basicamente, a sua vocação é formada por seus dons e talentos. A palavra “vocação” vem do latim “vocare” e quer dizer “chamar”. O verbo está conectado ao termo “chamado” e indica as habilidades de uma pessoa, mostrando o motivo pelo qual ela foi chamada por Deus.

Quer dizer que somos chamados para ocupar nosso “lugar original” e fazer algo com as habilidades ou com a vocação que Deus depositou em cada um de nós, desde o projeto Dele voltado para a nossa criação ou a nossa existência.

Vocação também está ligada à uma competência, à prática de atividades específicas e associadas à inclinação de seguir determinado caminho. A vocação revela os talentos, os dons e as aptidões naturais de uma pessoa e que faz com que ela sinta prazer ao colocá-los em prática.

(Foto: Unsplash /Marcos Paulo Prado)

Qual a sua missão?

Como podemos descobrir qual é a nossa missão? A resposta é: descobrindo nossa vocação, dons e talentos. E depois que nos descobrimos dentro da nossa missão, podemos ajudar as pessoas ao nosso redor a descobrirem também. Pois, quando transformamos essa busca em algo coletivo, estamos buscando o bem da humanidade. Os nossos propósitos unidos são o nosso sacerdócio de conexão com Deus.

Quando Deus verbaliza, o sonho Dele se torna real. Quando Ele determina, as coisas acontecem. Foi dessa forma que Ele criou a cada um de nós e nos chamou pelo nome.

Nós fomos planejamos antes da fundação do mundo, conforme nos mostra a Palavra de Deus. E cada um de nós possui seus dons, talentos, aptidões, ou seja, cada um possui a sua própria vocação; cada um foi chamado a fazer algo bem específico. Veja, por exemplo, no caso de Jeremias:

“Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações”. (Jeremias 1.5)

Perceba que Jeremias foi formado com os dons e talentos que Deus derramou sobre a vida dele, para que pudesse cumprir um pedacinho da missão, dentro da grandiosa missão de Deus.

Ou seja, Jeremias já nasceu com sua vocação. Os dons e talentos dados por Deus a cada um de nós, nos ajudará em nossas missões ao longo da caminhada.

Sobre dom e talento

Com o dom se nasce, e com o talento se aprende. O dom é uma dádiva que nos acompanha ao longo de toda a vida, desde o nascimento. O dom é de graça e não precisamos fazer nenhum esforço para ter.

É por isso que é muito comum identificar o dom desde a infância ou adolescência de alguém.

O talento também é um presente de Deus, mas ele é dado durante a caminhada, conforme a nossa necessidade de desenvolvimento. O preço do talento é o nosso esforço — Deus nos presenteia com uma semente e o nosso trabalho é plantar, regar e adubar.

O dom é fruto da espontaneidade e o talento é fruto do treino e requer da nossa parte disciplina, perseverança, prática e constância. Como disse Thomas Edson, o inventor da lâmpada: “Talento é 1% de inspiração e 99% transpiração”.

Foto: Unsplash/Cassidy Rowell

Os cinco ministérios de Jesus

Só para dar início ao básico do que devemos saber sobre a nossa missão, vamos refletir sobre o que diz o texto que estamos estudando:

“E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres”.

Esses ministérios não servem somente para dentro da Igreja, mas são dons exercidos fora da igreja também. Por exemplo:

Apóstolos — são aqueles que abrem caminhos, que preparam lugares e pessoas para um novo tempo. No mundo são os empreendedores, empresários, negociantes e administradores. Mas, trabalhando para Deus, são os plantadores de igrejas.

Profetas — são pessoas que exercem autoridade e que se preocupam com a justiça e a verdade. No mundo são os advogados, juízes, policiais e desembargadores. Na Igreja, são aqueles que enviam as profecias de Deus, que exortam as pessoas sobre a forma como estão vivendo, alinhando o céu e a terra.

Evangelistas — são as pessoas responsáveis por enviar uma mensagem ou uma notícia. No mundo são os representantes, publicitários e relações públicas. Na Igreja, são aqueles que levam as boas novas de Cristo.

Pastores — são aqueles que cuidam, protegem, curam e alimentam. No mundo são os conselheiros, assistentes sociais, médicos e enfermeiros. Na Igreja, são os responsáveis pelas “ovelhas” de Cristo, com o dever de guardá-las dos “lobos”, mantendo-as em segurança e bem estar.

Mestres — são aqueles que usam de inteligência e sabedoria, que possuem as melhores informações para instruir as pessoas. No mundo são os palestrantes, treinadores, professores, acadêmicos, pesquisadores e instrutores. Na Igreja, são aqueles que possuem a missão de ensinar os caminhos de Deus e simplificar o entendimento da Palavra.

Perceba que os dons de Cristo estão espalhados nas pessoas, mesmo aquelas que ainda não estão inseridas na Igreja e precisamos ajudá-las a entender que são propósitos de Deus sobre a vida delas e que devem ser usados para a glória Dele.

(Foto: Pixels)

Nossa missão é exclusiva

É por isso que somos diferentes uns dos outros, em vários aspectos. E Deus é tão caprichoso que criou cada ser humano com uma marca digital única e até mesmo a íris dos olhos de cada pessoa é diferente e exclusiva.

Se fôssemos todos iguais não haveria graça. Por isso, devemos ser humildes e entender que nem tudo será feito do nosso jeito ou de acordo com as nossas ideias. Nós precisamos da pluralidade e das diferenças.

Podemos até encontrar pessoas com missões parecidas com as nossas, porque há propósitos que são semelhantes. Algumas pessoas realmente vão embarcar com a gente no mesmo destino. E quanto às pessoas que possuem missões diferenciadas, cabe a nós compreender o agir de Deus e não competir com elas.

Não existe uma missão maior ou menor, melhor ou pior, o que existem são missões diferentes e que se completam. Todos nós podemos trabalhar juntos durante essa jornada.

Resuminho

Vocação são os nossos dons e talentos. A nossa vocação mostra como Deus nos criou.

Propósito é a vontade de Deus para nossas vidas e também a união do chamado com a missão.

Chamado é o aviso de Deus para voltarmos ao lugar original. O chamado de todos nós é sermos sacerdotes de Deus, conectando terra e céu.

Missão é o que devemos fazer enquanto caminhamos dentro do propósito de Deus para cada um de nós. A missão de Deus é formar uma família para Ele, que seja semelhante a Jesus. E a nossa missão é um pedacinho da missão de Deus.

Lembre-se que quando atendemos ao chamado, caminhamos no nosso propósito e encontramos a nossa vocação (dons e talentos) para cumprir a nossa missão dentro da grande missão de Deus.

Independente de quem você é ou de onde você está, saiba que existe uma missão para você realizar, ou seja,  existe uma graça sobre sua vida. Deus depositou em você um tesouro muito valioso e você precisa multiplicá-lo, como na parábola dos talentos.

(Foto: Pixels)

O dom não é para o seu benefício, mas para os outros

O dom só é útil quando utilizado para servir ao próximo. É por isso que Paulo associou o “viver dignamente a nossa vocação” com a unidade.

No presente dado por Deus existe uma etiqueta com o nome das pessoas que deverão recebê-lo. É por isso que durante a vivência no Evangelho de Cristo não devemos comparar quem tem mais dons, porque aqueles que têm mais, deverão trabalhar muito mais.

Quanto mais dons, mais pessoas devemos procurar para “entregar o presente”. Quanto mais dons, mais responsabilidades.

“A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”. (Lucas 12.48)

Quando usamos o nosso dom como nosso próprio alimento, isso nos afasta das pessoas. Perceba que profetas e mestres ou apóstolos e pastores andam muito separados. Isso porque cada um usa seu dom para si mesmo e não se preocupa em alimentar os outros.

Suportar uns aos outros em amor, não é “aguentar” as pessoas com má vontade, mas “dar suporte” ou ainda “servir de plataforma” para levantar o outro. É para isso que servem nossas vocações, talentos e dons, para ajudar no desenvolvimento dos outros.

Saiba que quanto mais forte for a unidade do corpo de Cristo, mais liberdade temos de ser nós mesmos em nossos dons. Quando há unidade, sabemos que a nossa aliança não será quebrada, porque faz parte da unidade do Espírito de Deus e não da unidade de ideias.

Lembre-se que Paulo explicou que a finalidade dos 5 ministérios é “para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo”.

Então, quando distribuímos nossos dons e talentos numa mesa e compartilhamos as nossas expectativas, ideias, dores, dúvidas e temos uma vida em unidade, ninguém adoece.

Porque quando um dos ministérios não está bem, existem outros quatro para abraçar e “dar suporte”. Um movimento assim leva a Igreja à maturidade, como diz o texto em Efésios.

Que Deus nos ajude a ter clareza do nosso dom, nos ajude no desenvolvimento desse dom e nos ajude a encontrar as pessoas com quem devemos compartilhar esse dom.

E lembre-se, o seu dom de nada serve se não for para servir o próximo!

“Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum”. (1 Coríntios 12.4-7)

“Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente”. (1 Coríntios 12.31)

E esse foi o estudo desta semana. Espero ter tirado sua dúvida e também colaborado para seu crescimento espiritual. Beijo no coração e até a próxima, se Deus quiser!

Por Cris Beloni, jornalista cristã, pesquisadora e escritora. Lidera o movimento Bíblia Investigada e ajuda as pessoas no entendimento bíblico, na organização de ideias e na ativação de seus dons. Trabalha com missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análise de textos bíblicos.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Jesus não veio para esmagar a ‘cana quebrada’ ou apagar o ‘pavio que fumega’



Fonte: Guiame


30/01/2023 – Destak Gospel

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