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Clínica que trata disforia de gênero em crianças será fechada após críticas na Inglaterra



Após ser criticada pelo uso de “drogas experimentais” para tratamento de disforia de gênero, o NHS (National Health System) — Sistema de Saúde da Inglaterra — decidiu fechar a Clínica de Identidade de Gênero para Crianças.

A instalação que fica dentro da Clínica Tavistock — uma das mais conhecidas na história da psicanálise da Inglaterra, especializada em psicoterapia analítica — foi observada nos últimos anos e não atendeu às recomendações exigidas.

As crianças que já estavam sendo atendidas e as que estão na lista de espera serão encaminhadas para outra clínica. O fechamento está previsto até a primavera de 2023.

Médica critica tratamentos com drogas experimentais

Em 19 de julho, uma carta foi enviada pela Dra. Hillary Cass, médica especializada em serviços de saúde infantil, mostrando que a clínica deve seguir o modelo de hospitais infantis especializados. 

Ela criticou o uso de drogas experimentais que são usadas como bloqueadores da puberdade para tratamento de disforia de gênero. 

“A justificativa para o uso de bloqueadores da puberdade foi baseada em dados que demonstraram que as crianças com disforia de gênero ‘provavelmente’ não mudariam de ideia ao atingirem a puberdade precoce. Essa lógica não se aplica necessariamente a jovens com apresentação tardia”, ela observou. 

“Nós não entendemos completamente o papel dos hormônios sexuais adolescentes na condução do desenvolvimento da sexualidade e da identidade de gênero, no início da adolescência”, a médica reconheceu. 

“Logo, não podemos ter certeza sobre o impacto de interromper esses surtos hormonais na maturação psicossexual e de gênero. Portanto, não temos como saber se, em vez de ganhar tempo para tomar uma decisão, os bloqueadores da puberdade podem interromper esse processo de tomada de decisão”, escreveu ainda. 

Sobe número de casos de disforia de gênero

Por outro lado, a clínica tenta se justificar apontando para o grande número de crianças com disforia de gênero, solicitando “tratamento” e alega que o nível de necessidade “não pode e não deve ser atendido pelo serviço nacional especializado. 

“É crucial que crianças e jovens com diversidade de gênero possam acessar cuidados e apoio em tempo hábil dentro de um sistema conjunto”, sustentou. 

Conforme o NHS, houve mais de 5 mil encaminhamentos para tratamento de identidade de gênero entre 2021 e 2022. É um número absurdo quando comparado ao período de 2011 a 2012, com apenas 250 encaminhamentos.

Conforme o Christian Post, o número disparou particularmente entre as meninas,  que passaram a acreditar que são do sexo oposto. Esse pensamento é inspirado através dos conteúdos veiculados pela internet e pela grande mídia. 

Influenciados, pais e filhos acabam procurando ajuda direcionada para problemas de saúde mental, onde os tratamentos possuem um protocolo voltado ao atual movimento LGBT. 

“A equipe [nos centros regionais] deve manter uma ampla perspectiva clínica para incorporar o atendimento de crianças e jovens com incerteza de gênero dentro de um contexto mais amplo de saúde infantil e adolescente”, explicou a Dra. Hillary Cass.

Tendência nos EUA

Em 2018, essa tendência foi detectada nos EUA, quando a pesquisadora de saúde pública Lisa Littman publicou um artigo na Plos One — uma revista científica acadêmica.

Ela revelou que muitas meninas que estavam se assumindo transgênero em grupos de amigos, haviam antes buscado uma quantidade excessiva de conteúdos online.

“Esse fenômeno foi chamado de ‘disforia de gênero de início rápido’ e marcou uma mudança substancial na história dos diagnósticos de disforia de gênero, que até os últimos anos afligia quase exclusivamente meninos jovens”, ela disse. 

Para a Dra. Cass, a base de evidências para o uso de drogas para interromper a puberdade natural em crianças disfóricas de gênero é pobre. Ela ainda destacou seu impacto no desenvolvimento do cérebro, observando que “a maturação do cérebro pode ser interrompida temporária ou permanentemente por bloqueadores da puberdade”. 

Revelações médicas e científicas

“Isso pode ter um impacto significativo sobre a capacidade de tomar decisões complexas de risco, bem como possíveis consequências neuropsicológicas a longo prazo”, alertou a médica.

Em fevereiro de 2021, outra pesquisa publicada na Plos One revelou que o uso de bloqueadores retardou notavelmente o crescimento ósseo em crianças que participaram desse tipo de tratamento. 

O estudo seguiu um grupo de 44 jovens que se submeteram ao tratamento experimental na clínica de gênero do NHS do Reino Unido. A pesquisa foi publicada nove anos após o início do estudo. 

Das 44 crianças que o estudo rastreou, 43 passaram a tomar hormônios sexuais cruzados. A clínica de Tavistock foi objeto de considerável análise em 2020, quando Keira Bell, uma jovem de 20 anos, alegou em uma revisão judicial que era incapaz de entender os riscos dos bloqueadores da puberdade.

A jovem foi tratada na clínica, quando adolescente, com transtorno mental e outros problemas de saúde. Bell tomou hormônios do sexo oposto e passou por uma mastectomia dupla — retirada dos dois seios. Mais tarde, ela se arrependeu e passou por um processo doloroso de “destransição de gênero”.



Fonte: Guiame


29/07/2022 – Destak Gospel

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