O relato bíblico do Dilúvio, que podemos ler em Gênesis, nos capítulos 6 a 9, encontramos não apenas uma narrativa de juízo divino, mas também um profundo exemplo do controle soberano de Deus sobre as forças da natureza. Quando aprendemos sobre isso, podemos nos tranquilizar, crentes de que assim também Ele faz em nossas vidas.
Gênesis 7:11 descreve como “romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram”. Este evento cataclísmico não foi apenas uma resposta divina ao pecado, mas uma demonstração do domínio de Deus sobre os elementos da criação, pois que homem ou tecnologia poderia mover tamanha força?
Teólogos cristãos enfatizam que “o dilúvio foi um sinal do juízo de Deus sobre a corrupção humana, mas também de Seu controle soberano sobre todas as coisas”. Não é reconfortante sabermos que o Pai mantém o controle sobre todas as circunstâncias? (risos).
O que acontece é que, muitas vezes, não paramos para pensar sobre isso e nos desesperamos com o tamanho e a fúria das ondas.
Carl Jung, um psiquiatra renomado, observou que “o mito do dilúvio reflete o medo primordial da humanidade diante das forças da natureza incontroláveis”. Não creio que seja um mito, mas concordo que reflete o medo que temos do desconhecido.
Não foi exatamente esse tipo de reação que os discípulos, que andavam diariamente com Jesus testemunhando seu poder, sentiram quando enfrentaram uma forte tempestade? E olha que Jesus estava no barco com eles. Porém, Ele dormia calmamente. (risos).
Naquele episódio, Jesus reafirmou seu poder como Deus soberano, ao “domar” aquela tempestade.
Não pense que as tempestades da nossa vida são diferentes. Ele continua ativo e poderoso para interferir nelas a nosso favor.
Para mim, Noé é uma figura admirável. Com sua fé incrível, ele é uma referência de alguém que não duvida do poder de Deus mesmo no pior cenário.
Noé ouviu as orientações de Deus sobre uma chuva tórrida que haveria sem que nunca houvesse chovido, e acreditou nela. Quando Deus pediu para ele construir uma embarcação, sem nunca ter visto uma e saber para que servia, Noé obedeceu. E ele ainda achou tempo para pregar e tentar salvar a vida dos demais, que infelizmente não acreditaram em Noé.
Quando a arca estava, enfim, pronta, depois de décadas, e toda a família de Noé dentro dela, além das duplas de animais que Deus havia orientado, o próprio Deus abriu as fontes do abismo e as águas cobriram a terra. Porém, a arca não submergiu, ela flutuou preservando a vida de Noé e sua família.
Precisamos aplicar essa verdade em nossa vida: obedecer a Deus no prior cenário é ter certeza de que Ele domina sobre a fúrias das águas que nos querem submergir.
Diante disso, quero que você creia comigo que o dilúvio não é apenas uma história de destruição, mas de fé, obediência e salvação. No controle da “fúria das águas”, Deus revela Seu poder e Sua promessa de proteção para aqueles que confiam Nele. Além do mais, quando estamos na arca, e só quando estamos nela, podemos enxergar além da tempestade, porque Deus que abriu s fontes do abismo também abriu as janelas dos céus. (Gênesis 7:11). Então, confie.
Assim como a arca serviu como um refúgio seguro em meio à tempestade, nossa fé no Pai nos oferece segurança e confiança, mesmo nas tempestades da vida. Creia nisso.
O Pai ama você!
Darci Lourenção é psicóloga, pastora, coach, escritora e conferencista. Foi Deã e Professora de Aconselhamento Cristão. Autora dos livros “Na intimidade há cura”, “A equação do amor”, “Viva sem compulsão” e “Devocional Minha Família no Altar”.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: Aprenda a vencer o mundo interior